Confira o primeiro artigo lançado pela iniciativa
O IPC esteve na COP26
Divulgamos a declaração em apoio a políticas de transição resiliente e de baixo carbono
Guia de Descarbonização
de Portfólios
O compromisso visando engajamento e reporte climático já foi assinado por 14 gestoras com R$ 2 trilhões sob gestão
Mudanças Climáticas
Apesar de ciclos de mudanças climáticas serem observados através da história, a atual tendência de aumento de temperatura é de particular interesse por ser resultado direto das atividades humanas na Terra.
De acordo com estudos do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, em inglês), desde o final do século XIX, a temperatura média terrestre já se elevou cerca de 1,2oC, sendo que grande parte deste aumento ocorreu nos últimos 35 anos.
Um dos efeitos mais relevantes desse fenômeno é o aumento na incidência de eventos extremos, como secas, enchentes e ventos fortes, que podem causar danos às atividades econômicas, à infraestrutura e à saúde da população.
Segundo estudo do UN Office for Disaster Risk Reduction (UNISDR), estima-se que, globalmente, no período de 1998 a 2017, as perdas econômicas causadas diretamente por desastres atingiram US$ 2,9 trilhões, dos quais US$ 2,25 trilhões - 77% - deve-se a eventos climáticos extremos. Este valor é 151% maior do que o observado entre 1978 a 1997.
Impactos sobre ativos financeiros
Mudanças climáticas possuem efeitos sistêmicos, com impactos sobre todos os agentes econômicos. Isto inclui investidores profissionais que, por deterem portfólios de longa duração e exposição global, estão sujeitos tanto a perdas de curto prazo, decorrentes de eventos climáticos extremos, tais como secas, enchentes e furacões, quanto perdas de prazo mais longo, como os impactos financeiros derivados da transição para uma economia de baixo carbono, levando à geração de ativos encalhados – stranded assets.
Dever Fiduciário
Ao assumir a gestão de recursos em nome de um conjunto indivíduos, investidores profissionais assumem o dever fiduciário de prezar pela perenidade e sustentabilidade destes investimentos. A integração ESG, incluindo o tema mudanças climáticas, é essencial no cumprimento deste pacto uma vez que viabiliza a identificação, mensuração e mitigação de riscos e auxilia na criação de valor através da gestão de investimentos.
Opinião dos Participantes IPC
Marcelo Mello, VP de Investimentos, Vida e Previdência da SulAmérica
"Participar do IPC ajudou a aprimorar nosso processo de integração dos fatores ligados ao clima nas nossas decisões de investimento. A análise de nossos fundos identificou que as carteiras estão bem posicionadas quanto aos riscos e oportunidades advindos dos riscos climáticos."
Gustavo Pinheiro, Program Officer do iCS
"O IPC posiciona o mercado financeiro brasileiro na corrida global por uma economia sem emissões de gases de efeito estufa. Ao incorporarem riscos relacionados ao clima, os membros do IPC evitam a exposição a ativos encalhados e ampliam as oportunidades para melhores retornos ajustados a risco para seus clientes."
Laura Vélez, Analista ESG da FAMA Investimentos
"No âmbito do IPC realizamos em 2020 a mensuração das emissões de gases de efeito estufa do Portfólio da FAMA Investimentos. A análise nos permitiu apurar que nosso portfólio possui uma pegada de carbono 97% inferior a do Ibovespa e considerando as emissões líquidas, é positivo em carbono, por tanto, sequestra mais do que emite. Consideramos fundamental não só mensurar e reportar as emissões, como também entendemos ser essencial incorporar os riscos climáticos na integração ESG para a construção do portfólio."
Acesse o Relatório 2020 – Pegada de Carbono aqui.