Lançamento da versão 2.0 da ferramenta para cálculo de emissões financiadas
A ferramenta facilita o cálculo das emissões financiadas por portfólio de investimento, disponibilizando uma estrutura de análise que abrange emissões de escopo 1, 2 e 3.
Uma conversa sobre carbono: Principais conceitos e perspectivas para o cenário brasileiro
Confira o primeiro artigo lançado pela iniciativa
Compromisso Investidores pelo Clima
O compromisso visando engajamento e reporte climático já foi assinado por 14 gestoras com R$ 2 trilhões sob gestão
Pesquisa IPC sobre investidores brasileiros e a agenda climática
Aderência dos signatários ao Compromisso IPC
Guia de Descarbonização
de Portfólios
Apesar de ciclos de mudanças climáticas serem observados através da história, a atual tendência de aumento de temperatura é de particular interesse por ser resultado direto das atividades humanas na Terra. De acordo com estudos do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, em inglês), desde o final do século XIX, a temperatura média terrestre já se elevou cerca de 1,2°C, sendo que grande parte deste aumento ocorreu nos últimos 35 anos.
Um dos efeitos mais relevantes desse fenômeno é o aumento na incidência de eventos extremos, como secas, enchentes e ventos fortes, que podem causar danos às atividades econômicas, à infraestrutura e à saúde da população. Segundo estudo do UN Office for Disaster Risk Reduction (UNISDR), estima-se que, globalmente, no período de 1998 a 2017, as perdas econômicas causadas diretamente por desastres atingiram US$ 2,9 trilhões, dos quais US$ 2,25 trilhões - 77% - deve-se a eventos climáticos extremos. Este valor é 151% maior do que o observado entre 1978 a 1997.
Mudanças climáticas possuem efeitos sistêmicos, com impactos sobre todos os agentes econômicos. Isto inclui investidores profissionais que, por deterem portfólios de longa duração e exposição global, estão sujeitos tanto a perdas de curto prazo, decorrentes de eventos climáticos extremos, tais como secas, enchentes e furacões, quanto perdas de prazo mais longo, como os impactos financeiros derivados da transição para uma economia de baixo carbono, levando à geração de ativos encalhados – stranded assets.
Ao assumir a gestão de recursos em nome de um conjunto de diversos indivíduos, investidores profissionais assumem o dever fiduciário de prezar pela perenidade e sustentabilidade destes investimentos. A integração ESG, incluindo o tema mudanças climáticas, é essencial no cumprimento deste pacto, uma vez que viabiliza a identificação, mensuração e mitigação de riscos e auxilia na criação de valor através da gestão de investimentos.